Falta de qualificação dificulta cota para deficientes, dizem empresas

11/06/2010

Um dia após serem notificadas pelo Ministério Público Federal empresas que foram flagradas na fiscalização não cumprindo a cota de reserva de vagas para portadores de necessidades especiais alegam que falta de qualificação profissional dificulta cumprir a lei.

Marilan, Bel Alimentos e Sasazaki aprestaram a mesma versão. Ontem, a gerente de Recursos Humanos da Bel Alimentos, Ana Ramalho, informou que a empresa conseguiu preencher as 12 vagas da cotas obrigatória.

“Conseguimos adaptar nossas instalações e encontrar trabalhadores com o perfil procurado”, afirmou.

Já a Marilan, por meio de nota, informou que vem se empenhando em regularizar a situação e que possui atualmente vagas em aberto para estes profissionais.

A Sasazaki se comprometeu a detalhar hoje o caso, mas adiantou pela assessoria que também mantêm esforços contínuos para cumprir a cota. Na fiscalização, faltava apenas uma vaga não preenchida.

A presidente do Conselho Municipal de Direito das Pessoas com Deficiência, Mary Profeta, confirma o problema exposto pelas empresas e diz que na maioria dos casos as exigências são mínimas, com conclusão do ensino fundamental.

“O problema tem diversos aspectos, indo desde falta de estrutura até o empenho questionável da parte de alguns responsáveis em proporcionar uma vida dentro da normalidade ao deficiente”.

O diretor titular do Ciesp em Marília, Flávio Peres, ressalta que a entidade oferece ajuda a empresas na busca pela mão-de-obra. “Temos parcerias importantes e podemos auxiliar nesse aspecto, é só entrar em contato”.

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