Mercado de Trabalho e Qualificação de Deficiêntes
22/08/2008
Está previsto que no final de 2010 e início de 2011 teremos um número elevado de profissionais com deficiência se graduando e iniciando em uma universidade, criando um novo e promissor mercado consumidor. Diferente do retrato de 1999 onde poucas Pessoas com deficiência se aventuravam no término dos estudos e no relacionamento com a sociedade, muitas vezes super protegidas pelos familiares e sem apoio para vencer suas próprias barreiras internas.
A alguns anos, antes do estabelecimento da Lei 8213/91 de 24/07/1991, conhecida como Lei de Cotas para empresas o profissional com deficiência conseguia ingressar no mercado de trabalho através de ações governamentais ou eram terceirizados por Associações ou ONGs e atuavam em órgãos do governo Estadual e federal.
Após o estabelecimento desta Lei as empresas não tinham a visão de como viabilizar o acesso desses profissionais no mercado de trabalho e lançavam vagas praticamente impossíveis de serem preenchidas na época, muitas exigiam pós-graduação e no mínimo 36 meses de experiência em determinada função, como não conseguiam preencher essas vagas recorriam aos órgãos fiscalizadores e recebiam uma certidão negativa, um documento que informava que ele havia lançado e procurado o profissional sem sucesso na contratação e que o liberava mais 60 dias para a adequação da lei.
Com o tempo as pessoas com deficiência foram se conscientizando que precisavam continuar progredindo nos estudos para então serem profissionais qualificados, nesta fase, contando com a ajuda de ONGs, associações dentro do seu papel oferecendo cursos profissionalizantes e de qualificação e do Poder Publico que disponibilizou recursos para tais cursos e viabilizou novas leis, como por exemplo, a Lei nº 10.098 de 19/12/2000 de Acessibilidade, o quadro se inverteu, hoje muitas empresas procuram esses profissionais e quase não exigem experiência, esta atitude limita e muito o acesso de profissionais qualificados e graduados no mercado. O empresariado está se conscientizando aos poucos e ainda se adaptando nas questões de acessibilidade, muitos empresários, que tem responsabilidade social que há tempos adequaram suas empresas tendem a ter dificuldade de preencher algumas vagas pelo fato de alguns profissionais com deficiência não terem acessibilidade de sua residência à empresa, por isso o fator distância e barreiras urbanas têm influenciado bastante.
O ideal para beneficiar empresas e profissionais com deficiência é a mescla de funções e análise de cargos e salários, porque temos profissionais iniciantes que estão em processo de qualificação e profissionais superqualificados prontos para serem grandes líderes e profissionais de sucesso.
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Uma dica importante para os profissionais com deficiência, graduados e com experiência para esta fase que se encontra, onde as vagas ofertadas não são compatíveis com sua capacitação técnica é ter uma boa rede de relacionamentos onde surgirão grandes oportunidades de emprego, para isso é necessário manter-se sempre atualizado, participando de cursos e palestras, além de desenvolver um bom trabalho onde passa, em qualquer situação, independente de profissional com deficiência ou não, o respeito e ética são fundamentais.
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Por Cláudio Tavares, 33 anos, Curitibano.
Profissional com Deficiência,
Profissional com mais de 14 anos no mercado de trabalho sendo 12 anos dedicados à criação e resolução de rotinas referentes à administração e Informação de Recursos Humanos e área social.
Com experiência na área de Processos Logísticos, Finanças e Técnologia da Informação.
Graduado em sistemas de Informação e Pós-graduado em Administração de Dados.
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