Novas tecnologias para comemorar o dia do Deficiente Físico
08/10/2008
Durante todo o ano e não apenas no Dia do Deficiente, o Instituto de Prótese e Órtese (IPO) alerta sobre a necessidade de prevenir doenças e acidentes causadores de amputação, paraplegia ou tetraplegia, além de ressaltar a importância da inclusão social. Especializado no tratamento e recuperação de pessoas com deficiência física, o fisioterapeuta José André Carvalho afirma que a nossa sociedade ainda não está preparada para tratar dos limites e diferenças das pessoas rotuladas de “especiais”. Por isso, com o objetivo de mudar esse quadro, o IPO oferece o que há de mais novo em tecnologia aplicada à reabilitação e qualidade de vida.
“Depois do sofrimento e limitações causadas pela perda de movimentos ou de algum membro, portadores de deficiência física, em muitos casos, perduram o sofrimento com dores freqüentes nas mãos, pulsos, cotovelos, decorrentes do uso de cadeiras de rodas e próteses inadequadas”, afirma Carvalho. Pensando no bem estar do cadeirante e visando melhor qualidade de vida, o especialista trouxe para o Brasil equipamentos de última geração, como por exemplo o Walkabout, que permite que a pessoas fique de pé algumas horas do dia.
O aparelho australiano está disponível no Brasil e é indicado para pacientes portadores de lesão medular que perderam o controle da musculatura das pernas, quadril e tronco. “Entre suas vantagens estão a diminuição do índice de feridas, redução da deformidade nas articulações e do número de infecções urinárias, melhora na circulação periférica e no funcionamento do intestino, diminuição da osteoporose e melhora da auto-estima”, explica Carvalho.
Existem também outros tipos de aparelhos tecnológicos que ajudam pessoas com deficiência em braços, pernas e mãos, por exemplo. “O mercado de próteses e órteses está cada vez mais investindo em novos aparelhos, permitindo mais mobilidade e uma forma mais independente de viver”, ressalta o fisioterapeuta. São exemplos desses aparelhos: joelho computadorizado, cotovelo, eletrônico, mão myoelétrica, entre outros.
Além de equipamentos para melhorar a qualidade de vida dos deficientes, espaços públicos devem ser apropriados para recebe-los como, por exemplo, lugares para diversão, supermercados, bancos e clínicas em geral. Pensando nisso, a dermatologista Marilis Fávaro Lamelas repaginou o espaço com um diferencial: a total acessibilidade para deficientes físicos tanto na infra-estrutura quanto nos equipamentos.
A idéia de construir a clínica com acessibilidade surgiu depois que uma nova paciente iniciou um tratamento de beleza e era portadora de paraplegia causada por seqüelas de uma lipoaspiração mal realizada. “Todos nós temos vaidade, pessoas portadores de deficiência física também, por isso, na hora de construir o empreendimento a responsabilidade social falou mais alto e a estrutura foi adequada às normas de acessibilidade, justamente para atrair esse público e dar condições para que eles possam realizar tratamentos estéticos e dermatológicos com tranqüilidade e segurança”, finaliza a idealizadora da clínica.
Exemplos como esses são pequenas ações, ainda tímidas e que pretendem se multiplicar. Mas tem um objetivo grandioso: tornar a sociedade mais justa, igualitária e acessível.
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