O que é preciso saber na hora de adquirir a cadeira de Rodas
10/07/2008
Quem tem deficiência física e necessita de recurso extra para locomoção tem a cadeira de rodas como um recurso tecnológico extensivo do próprio corpo, devendo ser adquirida a partir de prescrição por profissional capacitado e sob medida e/ou personalizada. “Do contrário, o equipamento será sub-utilizado ou abandonado”, destaca Marco Antonio Pellegrini, especialista em tecnologia assistiva e ele mesmo usuário de cadeira de rodas motorizada.
Pellegrini é tetraplégico em função de um acidente há cerca de 15 anos e sua cadeira lhe permite grande autonomia de deslocamento e acionamento de dispositivos como acesso a computador e abertura de portão, por meio de joystick. Ele afirma que, por ter sido feita sob medida, passa longas jornadas sentado sem se cansar.
Hoje, existe no mercado, uma quantidade considerável de modelos de cadeira de rodas manuais, mas não necessariamente personalizados. Com custo variável entre R$ 800, 00 a R$ 2.000,00, de acordo com número de adaptações necessárias, o ideal é que as características da pessoa, como peso e tamanho, determinem as características da cadeira, como o tipo e densidade de espuma, cintos de contensão, apoio para os pés, planos ou não, com regulagens, apoio para braços e cabeça, entre outros”.
O fabricante de cadeira de rodas, andadores, cadeira de banhos e outros produtos para pessoas com deficiência, Luiz Vanzetti, destaca que “quando se fala em adaptação de cadeira de rodas, deve-se aliar conforto e bem-estar”. Segundo ele, os equipamentos devem ser feitos sob medida e considerada a necessidade do usuário, segundo orientação do médico, do terapeuta ocupacional ou do profissional que faz o acompanhamento da pessoa. “A personalização do produto é de suma importância para a reabilitação do usuário e possibilita conforto, melhor postura e, conseqüentemente, melhor qualidade de vida e também maior durabilidade da cadeira”, destaca.
Vanzetti afirma, ainda, que a personalização de uma cadeira de rodas leva em conta o material (aço ou alumínio), a faixa etária (adulto ou infantil), rodas retiráveis ou fixas, reclináveis ou não. A partir dessas definições, segue-se com a implementação de adaptações e acessórios para adequação da cadeira.
A cadeira de rodas, seja qual for sua característica, é considerada, hoje, instrumento de independência, pois permite locomoção com autonomia. Marco Pellegrini, no entanto, destaca que ainda há quem o considere ‘entrevado’, ‘preso’, entre outros adjetivos relacionados ao uso de cadeira de rodas. “Porém, o ‘cadeirante’ que superou a questão do preconceito chega a ter ciúmes da cadeira e a ter várias delas”, declara.
Estudioso e no assunto, Pellegrini divide a cadeira de rodas em cinco grandes grupos:
• Convencionais - que fecham em ‘X’ ou rebatem o encosto. Com inúmeros opcionais, rodas de encaixe rápido, modelos de pneus, apoios de pés e braços com ajustes, etc...
• Motorizadas Indoor - destinadas a utilização em ambientes protegidos, demandam pouco espaço para manobras, possuem motores e baterias de baixa potência e autonomia. Comumente desmontáveis, encosto e assento em tecido. É possível transportá-las em porta-malas de veículos pequenos.
• Motorizadas Outdoor (somente importadas) - Concebidas para uso na rua e no transporte público, com motorização e baterias de grande autonomia e desempenho, em geral são pesadas, com mais de 60 kg. Possuem sistema de amortecimento e quadro monobloco, encosto e assento em material rígido. Oferecem acessórios como lanternas e faróis, sistemas de acionamento automático para posicionamento do assento (tilt, recline, etc) e outros itens de conforto. Há várias opções de acionamento, joysticks, hastes, sopro, botoeiras, etc.
• Esportivas - possuem sistemas de amortecimento, ajustes de altura, quadros de fibra de carbono, rodas de alto desempenho, etc
• Triciclos e quadriciclos - voltados para usuários com bom controle de membros superiores e equilíbrio de tronco.
Serviço
Vanzetti Produtos para Reabilitação
www.vanzetti.com.br
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