UFSC receberá R$ 100 mil para implementar o Programa Incluir

07/07/2008

O Ministério da Educação (MEC) aprovou 36 propostas de instituições federais de ensino superior (Ifes) que vão participar, este semestre, do programa Igualdade de Oportunidade e Direito à Universidade (Incluir). A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foi beneficiada com R$ 100 mil. Para execução das propostas, as secretarias de Educação Especial e Superior disponibilizaram mais de R$ 3,4 milhões. A lista, divulgada na última sexta-feira, 27, apresenta os recursos que cada instituição deve receber.

Na UFSC o projeto foi desenvolvido para dar atenção especial aos alunos com deficiência matriculados desde o ano 2006. O fim prioritário é criar Núcleos de Acessibilidade para garantir a participação destas pessoas, especialmente no que se refere aos equipamentos e recursos pedagógicos necessários na universidade. Considera-se que esses dois elementos são os que permitem o acesso e permanência dos alunos com deficiência no Ensino Superior.

A Universidade conta hoje com 514 alunos com deficiência matriculados em todos os níveis de ensino (graduação, pós-graduação, ensino médio e educação infantil). As deficiências consideradas são: auditiva, física, visual, Síndrome de Asperger, Síndrome de Down, autismo, Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, dislexia e deficiências múltiplas.

Desde 1990 estão sendo desenvolvidos projetos nesta área. Alguns deles são: a criação e organização do Curso de Licenciatura Letras-LIBRAS; a criação do Núcleo de Investigação sobre o Desenvolvimento Humano (NUCLEIND); o projeto Sábado no Campus, que consiste em esportes adaptados. Também há dois projetos de extensão, um deles sobre o assessoramento aos professores do Colégio de Aplicação pelos alunos de UFSC e o outro consiste na criação de um Laboratório de Comunicação Alternativa e Aumentativo do Colégio de Aplicação.

O projeto proposto para o Programa Incluir pretende consolidar o lugar da UFSC como instituição de referência na inclusão de alunos com deficiência. Segundo o documento enviado ao MEC, articulando essas ações e concentrando uma parte delas no NUCLEIND, será possível criar e consolidar um órgão articulador de atividades. Algumas destas ações já estão sendo desenvolvidas no Colégio de Aplicação e no Núcleo de Desenvolvimento Infantil, ambos ligados ao Centro de Ciências da Educação (CED).

Os núcleos de inclusão ampliarão o acesso das pessoas com deficiência em todos os espaços da universidade, garantindo sua participação nas atividades desenvolvidas na instituição, como projetos de pesquisa, intercâmbio e cooperação técnico-científica. Será através deles que o MEC e as universidades procuraram a permanência e integração dos alunos deficientes, para afiançar a acessibilidade universal.

De acordo Maria Sylvia, coordenadora do Programa Incluir na UFSC, o projeto em termos financeiros é muito importante para que as universidades federais invistam nessa área. Mas ela considera que é preciso mais que financiamento, é necessário investir na consciência das pessoas de que isso não é um favor, mas um direito que deve ser atendido.

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