Veículos adaptados para deficientes - opções que garantem o sagrado ir e vir
08/07/2010
A busca é cada vez maior por veículos adaptados para as pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida no mercado de automóveis. A tecnologia para atender esse segmento acompanha a demanda. Atualmente, é comum ver em algumas cidades, táxis que acomodam cadeiras de rodas, carros com piso que rebaixa, com bancos giratórios e com rodinha, entre outras novidades. As inovações se tornam cada vez mais viáveis em função do aumento da procura por carros adaptados, já que o volume de vendas barateia o custo tecnológico.
Tanto as adaptações mais sofisticadas como as mais simples, como freio e acelerador manuais com alavanca, são feitas pelos proprietários em empresas especializadas. No entanto, programas especiais em montadoras já garantem alguns itens de fábrica.
Uma prova de que essa tendência de mercado está em ascensão, somente em 2007 foram vendidos no Brasil cerca de 20 mil carros para pessoas com deficiência e familiares, o que gerou a movimentação de R$ 800 milhões no segmento. Para este ano de 2009, a previsão do setor é que as vendas aumentem 20%, pelo menos, atingindo a marca de 25 mil carros zero-quilômetro vendidos — o que movimentaria R$ 1,2 bilhão.
Para conquistar o mercado consumidor crescente, as montadoras de automóveis investem em produtos com câmbio automático com preços até R$ 70 mil, para atender a legislação que isenta Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da compra feita pelo deficiente.
A acessibilidade também é cada vez mais garantida no setor de transporte. O Fiat Doblò Táxi, por exemplo, foi desenvolvido para atender a lei municipal n 14.401, de 21 de março de 2007, de São Paulo, que prevê que os veículos de aluguel com taxímetros utilizados para transporte individual de passageiros possam ser adaptados para atender as necessidades de deslocamento de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. No caso do Doblò Táxi, o veículo vem equipado com teto elevado, fixador, cinto de três pontos e plataforma elevatória que facilita o acesso de pessoas com cadeiras de rodas.
Em Campinas, o taxista Celso Francisco Sabino, apostou na comodidade para os cadeirantes e tem um veículo desse na nova rodoviária de Campinas. “A tendência é de ampliar este mercado, pois as pessoas de baixa mobilidade eram excluídas”, disse.
Campinas é referência no transporte
A frota de ônibus adaptados às pessoas de mobilidade reduzida em Campinas está entre as maiores do País, de acordo com a última Pesquisa Nacional sobre Acessibilidade para Pessoas com Deficiência e Restrição de Mobilidade nos Sistemas de Transporte Público, feita pela Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana. As estatísticas revelam que em um universo de 48 mil ônibus, apenas 4% da frota é adaptada na maioria dos 218 municípios participantes.
Ao contrário do que aponta essa pesquisa, as empresas que integram a Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Campinas (Transurc), já colocaram em circulação 201 ônibus adapatados para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, o que representa aproximadamente 24% da frota operante. Vale ressaltar que 30 miniônibus do sistema alternativo já estão adaptados e operam nas linhas do Intercamp.
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